Porque a sua fé não é
uma piada.
A discussão
torna-se discrepante ao ponto que ensaia visões tendenciosas e errôneas sobre
tal conceito. A religião em seu pilar base sempre será uma válvula de escape da
humanidade em relação a suas frustações, seja pelas dificuldades ou pelos
desencontros mundanos que nos prendem em uma cena teatral protagonizada pela
razão e pela transcendência.
Nesse contexto fica
evidente a impossibilidade de argumentação partindo do pressuposto de que a fé
é inexplicavelmente aceitável pelo simples fato de basear-se naquilo que não se
pode observar ou tangenciar, podendo ser incluída no conceito de utopia
anteriormente descrito por Thomas Morus. Expor minhas ideias nada mais seria que pendenciar os
fatos a culminar nos pontos de minha conclusão, e a objetividade deste texto e
buscar a sua compreensão enquanto indivíduo e não fazê-lo acreditar em minhas
ideias.
Há de se dizer que a religião sempre fora utilizada como
modo de controle de sociedades elevando seus líderes a ao ápice do poder,
mascarando o medo em forma de virtude, criando um eufemismo relativo ao
totalitarismo desenfreado que tais relações de poder podem desencadear.
Buscamos sempre desmembrar a fé, explicá-la pela razão
simplesmente porque somos pequenos, fracos, dependentes daquilo que nos rodeia,
porém não aceitamos tal verdade e nos colocamos como principais agentes de
nossas ações negando a submissão de nosso consciente ou de nossa mente a
qualquer fator.
Tentamos tornar Deus motivo de zombaria e apresentar a
religião como uma camisa de força, acorrentada por interações fascistas, mas a
religião não é o mal do mundo, o aprisionamento da fé pelo homem é que faz de
Deus ( figura patriarcal)um ser que pode não ser considerado justo, pois
favorece uns e esquece dos tantos milhares de filhos que dormem forçadamente
todas as noites para enganar a fome.
Que Deus é esse? Um pai? Um padrasto? Não, ele é
simplesmente um Deus de classe media, um Deus Neopentecostal, que favorece uns
e execra outros, uma fé regida pelo desejo pernicioso das classes dominantes.
A Fé não é o mal do mundo, é apenas aquilo que o homem que
labuta todos os dias pela manha necessita para se manter vivo e trabalhar cada
vez mais almejando uma vida melhor que talvez não alcance. A fé pode ser
definida por apenas outra palavra: Esperança.
Acreditar que o mundo possa ser melhor, crer que o ser
humano é um ser de natureza bondosa, tudo isso é ter fé, fé não é apenas
religião. Acredite: Ter fé não é ser um palhaço!
TEXTO ESCRITO POR SÁVIO GUALBERTO, MEU ALUNO E AMIGO DO TERCEIRO ANO DO ENSINO MÉDIO DO COLÉGIO CEPRA EM SANTO ANTÔNIO DE PÁDUA

Só pra esclarecer um detalhe: minhas opiniões não se direcionam de modo algum às necessidades de fé ou não dos seres humanos, e sim até onde essa fé pode levar você a perder sua dignidade como ser humano que pensa e vive socialmente!
ResponderExcluirParabéns Sávio, apesar de discordar de você algumas vezes e pensar coisas a seu respeito que não vem ao caso, eu aprecio uma boa obra, admiro e RESPEITO quem expressa sua opinião de maneira a demonstrar que possui visão crítica e sabe se posicionar nos diversos ângulos que cada assunto permite, somente para formar sua opinião. Parabéns e obrigado por me proporcionar essa leitura!
ResponderExcluir