segunda-feira, 3 de setembro de 2012







Depois de um certo tempo, bastante tempo na verdade, estou postando aqui algumas preocupações minhas!


Despretensioso


Uma breve análise sobre as manifestações juvenis nas campanhas eleitorais em nossa região, nada pretensioso, apenas algumas observações!

Me peguei aqui pensando em como a juventude hoje se interessa por política e percebi o quanto me sinto frustrado por isso... Explico.
Ando vendo muitas postagens aqui de jovens levan

tando algumas bandeiras, e sinceramente, não consigo perceber nada além do velho jogo de politicagem dos "velhos" se reproduzindo nos jovens, não consigo enxergar em nenhuma dessas bandeiras uma verdadeira consciência política que desenvolva discursos e ideias que representem, de fato, as necessidades da população jovem do Noroeste Fluminense. Me parece que a política do "panis et circense" fica cada vez mais evidente na nossa região.
Até poderia me satisfazer com o fato de ao menos os jovens estarem se interessando por política em uma sociedade que os afasta, das mais diversas formas possíveis, desse mesmo tema, porém, essas manifestações não conseguem me transmitir uma realidade que possa ir além de interesses particulares, ou, na pior das hipóteses, interesses alheios, e o nome disso é alienação!
Acredito que o movimento jovem seja a parcela da população mais adequada para requerer mudanças nas nossas estruturas políticas, nenhuma Revolução ama a velhice, mas do jeito que as manifestações estão caminhando, acho que o máximo que atingiremos em dez, ou vinte anos, será "dez anos atrás"!
Política se constrói com ideias e ações práticas, e votar consciente não é apenas saber o nome do seu candidato, ou porque seus pais indicaram determinado candidato, ou para se beneficiar em esfera privada, o interesse político deve ser público, busquem candidatos que ofereçam perspectivas, horizontes, não apenas festas eleitorais! Defendam bandeiras que se manifestem no intuito de compartilhar os mesmos ideais que você possui, e se você não possui ideais, lamento, mas estou olhando para um cavalo de charrete que a base de chicotadas é orientado em determinada direção, aonde a possibilidade de escolha se limita à vontade de quem toca!
Construa seu próprio futuro, pense politicamente, não se submeta a ações inconscientes, não se oriente pelas ideias de quem quer que você não tenha ideias, queira mais que pão e circo, que siglas sem sentido, e queria a longo prazo, o processo eleitoral brasileiro anda sutil e traiçoeiro, abra os olhos, não seja uma marionete nas mãos de estruturas que se perpetuam no poder, nem perpetue-se como mero espectador, liberte-se!

Marcelo de S. Silva

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

     



     Olá meus amigos visitantes, vocês devem ter percebido minha ausência no último mês aqui no Ateliê, o maior motivo pode ser relacionado a um pequeno problema de saúde aparentemente resolvido agora, o que me proporciona mais uma vez me prostrar diante do teclado para escrever algumas palavras despretensiosas em relação ao Brasil que ando observando bastante calado, diga-se de passagem.
      Esses dias de férias merecidas que eu e os outros profissionais da área de educação podemos gozar me fizeram ficar atento a algumas questões que já vinham sendo debatidas em outras oportunidades aqui nesse espaço, casos como os enfrentamentos entre estudantes e policiais truculentos em Pernambuco, casos como o do bairro Pinheirinho(abrigo de muitas pessoas de classe social menos favorecida no estado de São Paulo) entre outros, mas o que mais tem me assustado na verdade é a passividade, a falta de interesse e a banalização com as quais esses assuntos vem sendo tratados principalmente pela classe média brasileira, isso para não falar da manipulação da verdade feita pelas grandes mídias. 
     Como professor me assusta muito a maneira como os jovens vem se manifestando em ambientes que em muitos países serviriam como veículo transmissor de informações relevantes, e, no entanto, na nossa realidade só servem como mecanismos ainda mais alienantes, vide por exemplo o FACEBOOK. Notícias banais como a que veiculou pouquíssimo tempo atrás como a de uma garota que estava no Canadá e somente por esse motivo virou celebridade, estamos falando da Luísa, ou assuntos relacionados ao programa exibido pela nossa "TELETELA" (leiam o livro 1984 do George Orwell), o Big Brother Brasil, ganham uma dimensão descomprometida com qualquer realidade vivida por qualquer cidadão brasileiro por menos informação que ele tenha. Os debates se estendem a um ponto onde não conseguimos mais enxergar o que nos é real e valioso e o que é fútil, aliás esse último vocábulo parece não mais precisar de definição no dicionário, acabou sendo incorporado como valor pela nossa sociedade. Não quero aqui ficar de forma alguma tentando fazer com que as pessoas comecem de uma hora para outra se interessar por alguns assuntos relacionados aos seus futuros, ou de interesse coletivo, mas o meu medo me faz buscar meios para fazer com que minha função social de educador não permita que essa leviandade seja tão desinformada como vem sendo. É revoltante entrar em uma sala de aula, em espaços virtuais como a internet, ou até mesmo nos botecos, tão frequentados por quem vos escreve, e perceber que as pessoas tão desligadas da importância da motivação política na construção de suas vidas se sentem revoltadas com a corrupção, e no entanto perdem tempo com coisas banais, e o pior disso tudo é que acabam por desenvolverem discursos fascistas, como o de que são apolíticos ou de que políticos são todos corruptos, vinculados até mesmo a posições religiosas ainda mais distantes de uma realidade político-social.
Nesse ano de eleições municipais que já começaram com bastante estragos proporcionados pelo descaso do poder público, principalmente em áreas habitadas por pessoas carentes, na região Noroeste Fluminense (aonde resido) em função das enchentes, é inconcebível que os jovens, meu alvo de críticas nesse momento, estejam tão banalizados. Acabei de ler uma crítica muito pertinente sobre uma udenização ou neoudenismo acontecendo no Brasil nesse momento, e tenho que concordar que essa informação gerada pela Maria Inês Nassif( http://www.cartamaior.com.br/templates/colunaMostrar.cfm?coluna_id=5424)é totalmente pertinente, o que observamos é uma classe média passiva e desinformada, apegada socialmente apenas às relações de consumo, olhando para o próprio umbigo no intuito de construir carreira, me parece que as luta sociais hoje, reprimidas por ações que lembram em muitos aspectos posturas dos governos da Ditadura Militar (1964-1985), não conseguem mais atingir um nível de agregação e envolvimento senão dos próprios grupos envolvidos,embora de forma construída pela mídia, muitas pessoas, principalmente de classe média, desinformada volto a afirmar, se sintam a vontade para irem as urnas e decidir democraticamente o meu, o seu, o nosso futuro.
     É por essas e outras que me preocupo muito com o futuro democrático do meu país e do meu povo, e somente por isso não me permito ficar calado.
     Segue mais um link retirado do perfil de um cara genial no facebook (só para mostrar que esse espaço pode se tornar um veículo de informações úteis) Alexandre Vasilenskashttp://colunas.revistaepoca.globo.com/paulomoreiraleite/2012/01/24/o-brasil-esta-em-pinheirinho/.

Abraços e até breve!
Consciência política é a saída!